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Vereadores constatam saúde precária em Aparecida

13/04/2009 00:00 607
No Pronto Socorro, os vereadores foram recebidos pelas reclamações dos moradores
Longas filas, falta de remédios, super-lotação, déficit de médicos, enfermeiros e centenas de pacientes irritados. Esta lista faz parte do diagnóstico parcial da saúde em Aparecida de Goiânia que começou a ser levantado na manhã de hoje,30, pela Comissão de Saúde Pública da Câmara Municipal. Um grupo de parlamentares composto pelo presidente da comissão, Manoel Nascimento (PSDB), Gustavo Mendanha (PMDB), Assis Brasil (PP), Gilsão meu Povo (PRTB), Elio Bom Sucesso (PTB), Ribamar (PRP) e Rosildo Manoel (PP) visitaram o Pronto Socorro Municipal, localizado no Centro de Aparecida, o Cais do Colina Azul e o almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) , onde foram encontrados na semana passada cerca de 31 mil medicamentos vencidos. No Pronto Socorro, os vereadores já foram recebidos pelas reclamações da dona de casa, Sônia Soares,51. Ela chegou a madrugar na unidade, mas não conseguiu atendimento. Motivo? Falta de médicos. Cheguei aqui cedo e vou embora sem resolver meu problema, isso é um absurdo, esbravejava Sônia. Além da falta de servidores, os parlamentares constataram as péssimas condições físicas do prédio, mas a Prefeitura já anunciou a transferência da unidade. Até lá na podemos deixar o povo morrer a míngua. É preciso tomar alguma medida mais séria para conter o sofrimento do povo, ressaltou o vereador Nascimento. Ao procurar o direto do Pronto Socorro, Guilherme Camárcio os vereadores foram informados de que oito médicos pediram demissão porque tiveram seus pontos cortados por faltar ao trabalho. Outra dificuldade revelada é que o baixo valor do plantão pago a um médico não atraia estes profissionais para Aparecida. Vamos aumentar de R$ 450 o plantão para R$ 550 para que os médicos queiram vir trabalhar aqui, informou Guilherme. Partido do Pronto Socorro a comissão se dirigiu ao almoxarifado da SMS. No local os vereadores foram recebidos pelo farmacêutico responsável pela divisão de medicamentos, Rodrigo Jerônimo Alves Pereira, que explicou os motivos a qual levaram os vencimentos dos remédios. Um deles por estar ligado a pactuação com Estado que em alguns casos demora de repassar os medicamentos, por outro lado a Prefeitura não pode ficar sem estoque e quando chegam os remédios doados pelo Estado há um aumento na oferta e a procura é bem menor. Rodrigo informou ainda que duas auditorias estão sendo realizadas. Uma pela Vigilância Sanitária Municipal e a outra pela Secretaria Estadual de Saúde, mas de acordo com Rodrigo, o valor do prejuízo com os medicamentos vencidos pode estar bem abaixo do que foi publicado pela imprensa. Serão encaminhadas cópias das duas auditorias para a Comissão de Saúde, que vai confrontar os dados e levantar os reais motivos que levaram os medicamentos vencerem. A preocupação é de que há muitos remédios na fila esperando vencimentos para os próximos meses e mais prejuízos serão contabilizados. As visitas finalizaram no Cais Colina Azul, onde os vereadores se quer encontraram o diretor da unidade, conhecido como Ubiratan. Os vereadores chegaram no dia quem a unidade colocava em prática o Programa Atendimento Sem Fila. O que vimos foram muitas filas e povo sem atendimento, descreveu o vereador Assis Brasil. No Cais também falta medicamento, a meédica pediatra faltou ao plantão e para conseguir remédios os usuários teem de enfrentar uma longa fila em baixo do sol forte e nem sempre consegue como a dona de casa, Denaíde Soares,58, que não encontrou uma simples aspirina Aqui não tem nem toner de tinta para uma simples impressão, denunciou o vereador Elio Bom Sucesso. Apenas o diretor administrativo, Rosalvo Justino da Silva respondeu os questionamentos dos vereadores. As visitas devem continuar nos próximos dias. Após finalizar todo diagnóstico, a Câmara por meio da Comissão de Saúde Pública vai enviar cópia ao Poder Executivo e exigir providências.