Vereador levantou todas as irregularidades do concurso de Aparecida
O Ministério Público já havia acatado denúncia do vereador Cachoeira contra o concurso público para a Educação
Quem levantou cedo neste domingo para se submeter às provas do concurso para educação em Aparecida de Goiânia foi surpreendido com uma ação do Ministério Público que cancelou a realização das provas. O vereador Sargento Cachoeira (PT do B) vem há um mês alertando várias irregularidades no concurso, inclusive ele chegou a impetrar duas representações no MP pedindo a prorrogação das provas até que fosse apuradas várias denuncias de irregularidade. Eu já previa que era um concurso de cartas marcadas, hoje de manhã tinha candidato com o gabarito das provas antes mesmo de fazer a provas, indigna-se Cachoeira. O Ministério Público já havia acatado denúncia do vereador Cachoeira contra o concurso público para a Educação. A denúncia partiu depois que a Câmara Municipal constatou que dois cargos citados no edital do concurso não existem no quadro da Secretaria de Educação, como agente educativo e agente de serviços diversos, inclusive os candidatos inscritos já teriam pago uma taxa de R$ 30 para concorrer os referidos cargos. Cerca de 16 mil candidatos já recolheram a taxa e depois que souberam da denuncia procuraram os vereadores para saber como receber o dinheiro de volta. Na semana passada outra chuva de acusações recaiu contra A Secretaria de Educação. Desta vez o alvo foi à empresa contratada pela Prefeitura para a realização do concurso. Trata-se do Instituto Brasileiro de Educação e Gestão (Ibeg). Na quarta-feira, 25, o vereador Cachoeira protocolou nova representação no MP pedindo desta vez a suspensão do concurso. Vários processos judiciais contra o Instituto Brasileiro de Educação e Gestão (Ibeg), responsável pela aplicação das provas. Surgiram dados novos e graves por isso não se pode permitir que uma empresa que responde inúmeros processos na justiça com histórico duvidoso assuma a realização deste concurso, defende Cachoeira. Dentre ações movidas contra o Ibeg, o MP pediu em 2007 anulação de concurso público na Cidade de Águas Lindas. As acusações recaem sobre o desvio de verba das taxas de inscrição. De acordo com o parlamentar, em Aparecida não houve ainda licitação para a contração do Ibeg. Outro erro grave, porque não houve licitação?, indaga Cachoeira. As provas canceladas neste domingo foram as realizadas na Unifan e na Padrão. Ás 10 horas da manhã desta segunda-feira. O promotor da 9ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público, Spiridon Nicofates Anyfantes vai ouvir quatro testemunhas das irregularidades das provas, além do vereador Cachoeira que também vai prestar depoimento ao promotor.