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Problemas do Pontal Sul pautam debates da Câmara Itinerante

12/09/2011 00:00 569
O objetivo também é realizar audiências democráticas, onde a população pode participar ativamente dos debates
Os moradores da região conhecida como Pontal Sul Acréscimo em Aparecida de Goiânia receberam neste último final de semana mais uma edição do Programa Câmara Itinerante, onde os vereadores ouviram atentamente as reivindicações da comunidade que foram deste a falta do asfalto a saúde precária. O encontro entre o povo e o Legislativo Aparecidense aconteceu na Escola Municipal Túlio Costa, localizada na Rua Remo. A grande vantagem dessa inovação está na possibilidade de se discutir com o cidadão as leis municipais que interessam a cada setor. Dessa forma, a população, que geralmente não participa das reuniões ordinárias, fica conhecendo um pouco da funcionalidade da Câmara, além de ter a oportunidade de ver a atuação do vereador em quem votou. O objetivo também é realizar audiências democráticas, onde a população pode participar ativamente dos debates, ou seja, membros e líderes da comunidade poderão usar a tribuna e apresentarem suas propostas, sugestões e reivindicações aos vereadores. Tudo é cuidadosamente anotado e encaminhado ao Poder Executivo por meio de uma indicação coletiva assinada pelos vereadores. Vereador não faz obra, nosso papel é cobrar da Prefeitura a realização dos benefícios para a população, destacou o presidente da Câmara, João Antônio Borges (PSB). Entre inúmeras reclamações, a falta d´água foi a mais enfatizada pelos moradores. É que segundo relatos, a região conta com a encanação, uma espécie de rede seca, ou seja, só os canos, mas água mesmo ainda não apareceu. Só os canos não nos interessa, precisamos de água tratada, protestou a moradora, Alice Alves dos Anjos. O drama da comunidade é ainda maior com a seca que castiga todo Estado. Para o abastecimento doméstico, os moradores da região utilizam água de cisternas, mas algumas já apresentam baixo nível, o que acaba ocasionando a queima constante da bomba que abastece as caixas d’água. A população reclama ainda que testes indicam que a água das cisternas está imprópria para o consumo, algumas apresentam até a presença de coliformes fecais. A ideia inicial do Programa é levar as reivindicações aos órgãos competentes, mas com o intuito de dar uma rápida resposta aos moradores, a Câmara levou o assessor da presidência da Saneago, Ney Borges, o superintendente metropolitano da estatal, Joel Inácio e o gerente de obras, Luiz Fernando Manhãs de Abreu. Eles deram a boa notícia de que até abril do ano que vem parte do Pontal Sul vai receber água tratada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). A outra parte será atendida com recursos da Saneago. Tudo vai depender do funcionamento da adutora da Vila Adélia que deve levar água a região, dependendo posteriormente da ligação dos ramais, explicou Luiz Fernando. A obra vai beneficiar ainda, setores vizinhos como Porto das Pedras e Bairro Itapuã. A informação também foi comemorada pelos vereadores. A dor de vocês também é nossa, porque quando vemos nossa população com dificuldade nossa função é buscar soluções, enfatizou o vereador Élio Bom Sucesso (PTB). O vereador José Anchieta (PTC) acrescentou as palavras do colega. Para isso fomos eleitos, para trabalharmos pela qualidade de vida, inclusão social e promover a cidadania de todos os moradores de Aparecida, destacou Anchieta. Poeira e lama A falta do asfalto é outro drama vivido pelos moradores. No período chuvoso é a lama a grande vilã e agora no tempo seco, a poeira causa inúmeras doenças, principalmente em crianças. Ela também suja utensílios domésticos e roupas limpas dos varais. A falta do asfalto também leva transtorno para os frequentadores da feira do bairro, que está localizada em meio à poeira. Esta é outra antiga luta nossa, mas às vezes perdemos as esperanças da Prefeitura asfaltar nosso bairro, lamentou o presidente da Associação de Moradores, Paulino Gonçalves. Os moradores entregaram ainda aos parlamentares documentos contendo outras reivindicações como a construção de unidades de saúde, creches, reforço na segurança, revitalização e fiscalização do Córrego Santo Antônio, escola no período noturno, praças, espaço profissionalizante, entre outros. A deficiência na sinalização do bairro é outro problema que tira o pouco sossego dos moradores. De acordo com o comerciante, Valdemar da Silva Ramos o cruzamento entre a Rua 12 com a Itamaraty já causou sérios acidentes. Se a Prefeitura não tomar providências vamos promover um grande protesto, avisou. Ao final da reunião, o presidente João Antônio anunciou que o asfalto está no cronograma de obras para o ano que vem com recursos oriundos do empréstimo da Prefeitura com o Banco Andino. A escola profissionalizante já está em fase de acabamento no bairro e a creche também já foi autorizada para a construção. Só falta definir a área, informou o vereador. No mesmo final de semana ele se reuniu com o Prefeito Maguito Vilela (PMDB) e levou as outras reivindicações. O presidente adiantou ainda que a Câmara Itinerante deve chegar a todas as regiões de Aparecida até o final do ano.