Nakamura esclarece situação enfrentada pela saúde em Aparecida
Durante três horas os parlamentares listaram vários problemas enfrentados pela saúde
Uma semana depois que os vereadores da Comissão de Saúde visitaram Cais e Hospitais de Aparecida e constataram situações precárias, o secretário municipal de Saúde, Rafael Nakamura atendeu ao convite da Câmara e compareceu ao plenário no inicio desta semana para debater os problemas e responder questionamentos dos vereadores. Durante três horas os parlamentares listaram vários problemas enfrentados pela saúde. Manoel Nascimento (PSDB) e Rosildo Manoel (PP) relataram mais uma vez o que viram durante a visita realizada na semana passada. No Pronto Socorro do Centro faltavam médicos, demora no atendimento e situações precárias do prédio. No Cais Nova Era, a situação era ainda mais grave, no laboratório os vereadores se depararam com outro problema, que por falta de reagente o Cais deixou de realizar os exames que atestam se o paciente tem dengue ou não. Numa ligação feita ao secretário de saúde, eles conseguiram a garantia de reposição do produto. O resultado final do trabalho tinha como finalidade aferir o funcionamento do Teleconsulta e acabou evidente que com todos estes problemas inviabiliza a consulta de quem agendou pelo 0800. Em plenário, a fiscalização da saúde em Aparecida foi traduzida em palavras pelos vereadores. Eliezer Guimarães (PT do B) destacou a falta de ambulâncias na rede municipal de saúde. Rosildo lembrou que nos Cais e Hospitais falta até material de limpeza e higiene como um simples papel higiênico. Helvecino Moura (PT) lembrou da disputa interna da direção do Cais Nova Era, o que para ele prejudica o andamento da unidade. Apesar de fazer parte da base governista na Câmara, Gustavo Mendanha (PMDB) também reconheceu que é preciso medidas urgentes. O problema da saúde é geral, mas é preciso pensarmos numa rápida solução para Aparecida, defendeu. Nascimento cobrou a reforma dos Cais, a construção de novos hospitais e questionou o contrato mantido entre a Prefeitura e o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), que gerencia o Teleconsulta e o Ambulatório Médico Especializado (AME). Segundo denuncias que chegaram ao vereador, a superintendente de Atenção Integral à Saúde da SMS, Márcia Gasparini acumula a função de diretora do Idtech em Aparecida. Ele também solicitou ao secretário Nakamura a cópia do contrato no valor de R$ 6 milhões da Tech Capital, que presta serviço nos Cais e hospitais com a locação de aparelhos, que alguns casos não funcionam até por falta de operador. As críticas a saúde do município foram reforçadas pelo vereador William Ludovico (PMDB) que contestou a eficácia do Teleconsulta. As filas foram apenas transferidas das unidades de saúde e passaram a serem filas virtuais, ou seja, o problema não foi resolvido, destacou o vereador, que chegou a sugerir uma força tarefa para solucionar os problemas da saúde. Na oportunidade de se manifestar o vereador Edílson Ferreira (PR) cobrou o término da construção da Maternidade Aparecida de Goiânia, localizada no Jardim Boa Esperança. O líder do prefeito na Casa, Ezizo Barbosa (PMDB) colocou todos os vereadores a disposição para com a parceria do secretário buscarem soluções à saúde. Vamos juntos tentar recursos em Brasília ou onde quer que seja para oferecermos atendimento digno a população, frisou.
Resposta Após ouvir atentamente todas as colocações dos vereadores, Nakamura reconheceu que a saúde está precária. Não vim até aqui para fazer de conta. A Saúde vai mal, assumo a responsabilidade e estamos aqui para debater os problemas e as soluções, enfatizou. Sobre a falta de material nas unidades de saúde ele defendeu que é preciso a desburocratização do setor de compras da Prefeitura, ou até mesmo que a Secretaria de Saúde tenha seu próprio setor de compras. Nakamura reconheceu os problemas enfrentados pelo Teleconsulta. Já liguei e fiquei quatro minutos esperando atendimento, contou. Mas ele ressaltou que o sistema está em fase de adaptação. Sobre a falta de médicos ele fez revelações surpreendentes de que o problema deve se agravar. Estamos chegando num período em que muitos deles deixam o emprego para fazerem prova de residência e daí precisamos fazer uma verdadeira ginástica para cobrir as unidades, ressaltou. A questão envolvendo a direção do Idtech ele afirma que é legal e a superintendente de Atenção Integral à Saúde não recebe nenhuma remuneração pela função. Quanto os impasses com a direção dos Cais, ele defende que estas unidades devem ser geridas por pessoas com perfil técnico e se possível conciliando o político. Nakamura também defendeu a mudança da contratação de médicos, que hoje e por credenciamento e a lei manda que seja por processo seletivo. A Procuradoria Municipal já me acionou e vamos fazer o processo seletivo pela Universidade Federal de Goiás (UFG), informou. Ao final, o secretário prometeu enviar a Casa cópia de todos os contratos solicitados pelos vereadores. O presidente da Câmara João Antônio Borges (PSB) enfatizou que a Casa vai abrir novos espaços para debater a saúde em Aparecida.