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Nakamura esclarece situação enfrentada pela saúde em Aparecida

17/11/2010 00:00 754
Durante três horas os parlamentares listaram vários problemas enfrentados pela saúde
Uma semana depois que os vereadores da Comissão de Saúde visitaram Cais e Hospitais de Aparecida e constataram situações precárias, o secretário municipal de Saúde, Rafael Nakamura atendeu ao convite da Câmara e compareceu ao plenário no inicio desta semana para debater os problemas e responder questionamentos dos vereadores. Durante três horas os parlamentares listaram vários problemas enfrentados pela saúde. Manoel Nascimento (PSDB) e Rosildo Manoel (PP) relataram mais uma vez o que viram durante a visita realizada na semana passada. No Pronto Socorro do Centro faltavam médicos, demora no atendimento e situações precárias do prédio. No Cais Nova Era, a situação era ainda mais grave, no laboratório os vereadores se depararam com outro problema, que por falta de reagente o Cais deixou de realizar os exames que atestam se o paciente tem dengue ou não. Numa ligação feita ao secretário de saúde, eles conseguiram a garantia de reposição do produto. O resultado final do trabalho tinha como finalidade aferir o funcionamento do Teleconsulta e acabou evidente que com todos estes problemas inviabiliza a consulta de quem agendou pelo 0800. Em plenário, a fiscalização da saúde em Aparecida foi traduzida em palavras pelos vereadores. Eliezer Guimarães (PT do B) destacou a falta de ambulâncias na rede municipal de saúde. Rosildo lembrou que nos Cais e Hospitais falta até material de limpeza e higiene como um simples papel higiênico. Helvecino Moura (PT) lembrou da disputa interna da direção do Cais Nova Era, o que para ele prejudica o andamento da unidade. Apesar de fazer parte da base governista na Câmara, Gustavo Mendanha (PMDB) também reconheceu que é preciso medidas urgentes. O problema da saúde é geral, mas é preciso pensarmos numa rápida solução para Aparecida, defendeu. Nascimento cobrou a reforma dos Cais, a construção de novos hospitais e questionou o contrato mantido entre a Prefeitura e o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), que gerencia o Teleconsulta e o Ambulatório Médico Especializado (AME). Segundo denuncias que chegaram ao vereador, a superintendente de Atenção Integral à Saúde da SMS, Márcia Gasparini acumula a função de diretora do Idtech em Aparecida. Ele também solicitou ao secretário Nakamura a cópia do contrato no valor de R$ 6 milhões da Tech Capital, que presta serviço nos Cais e hospitais com a locação de aparelhos, que alguns casos não funcionam até por falta de operador. As críticas a saúde do município foram reforçadas pelo vereador William Ludovico (PMDB) que contestou a eficácia do Teleconsulta. As filas foram apenas transferidas das unidades de saúde e passaram a serem filas virtuais, ou seja, o problema não foi resolvido, destacou o vereador, que chegou a sugerir uma força tarefa para solucionar os problemas da saúde. Na oportunidade de se manifestar o vereador Edílson Ferreira (PR) cobrou o término da construção da Maternidade Aparecida de Goiânia, localizada no Jardim Boa Esperança. O líder do prefeito na Casa, Ezizo Barbosa (PMDB) colocou todos os vereadores a disposição para com a parceria do secretário buscarem soluções à saúde. Vamos juntos tentar recursos em Brasília ou onde quer que seja para oferecermos atendimento digno a população, frisou. Resposta Após ouvir atentamente todas as colocações dos vereadores, Nakamura reconheceu que a saúde está precária. Não vim até aqui para fazer de conta. A Saúde vai mal, assumo a responsabilidade e estamos aqui para debater os problemas e as soluções, enfatizou. Sobre a falta de material nas unidades de saúde ele defendeu que é preciso a desburocratização do setor de compras da Prefeitura, ou até mesmo que a Secretaria de Saúde tenha seu próprio setor de compras. Nakamura reconheceu os problemas enfrentados pelo Teleconsulta. Já liguei e fiquei quatro minutos esperando atendimento, contou. Mas ele ressaltou que o sistema está em fase de adaptação. Sobre a falta de médicos ele fez revelações surpreendentes de que o problema deve se agravar. Estamos chegando num período em que muitos deles deixam o emprego para fazerem prova de residência e daí precisamos fazer uma verdadeira ginástica para cobrir as unidades, ressaltou. A questão envolvendo a direção do Idtech ele afirma que é legal e a superintendente de Atenção Integral à Saúde não recebe nenhuma remuneração pela função. Quanto os impasses com a direção dos Cais, ele defende que estas unidades devem ser geridas por pessoas com perfil técnico e se possível conciliando o político. Nakamura também defendeu a mudança da contratação de médicos, que hoje e por credenciamento e a lei manda que seja por processo seletivo. A Procuradoria Municipal já me acionou e vamos fazer o processo seletivo pela Universidade Federal de Goiás (UFG), informou. Ao final, o secretário prometeu enviar a Casa cópia de todos os contratos solicitados pelos vereadores. O presidente da Câmara João Antônio Borges (PSB) enfatizou que a Casa vai abrir novos espaços para debater a saúde em Aparecida.