Durante audiência pública Câmara reforça apoio aos professores
Os vereadores também aproveitaram para reforçar o apoio a categoria
Depois de uma audiência pública tensa, a Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia conseguiu colocar frente a frente na manhã desta segunda-feira,21, professores e o secretário municipal de Educação, Domingos Pereira para que as duas partes chegassem a um acordo quanto a aprovação do projeto que institui o piso salarial de R$ 1.024,00. A matéria prevê este reajuste para 40 horas semanais, mas a categoria quer um aumento de R$ 1.312,00 com a mesma carga horária exigida para aprovados no último concurso da Educação, ou seja, 30 horas. O presidente do Sintego/regional Aparecida, Delson Vieira reforçou a reivindicação ao secretário, que mais uma vez negou a possibilidade de atendê-los. Neste momento a Prefeitura não tem como conceder este reajuste. Não posso aqui assumir um compromisso que depois não vamos dar conta de cumprir por falta de recursos, ressaltou Domingos. O secretário acenou para a possibilidade de uma negociação em setembro, o que deixou os professores revoltados e protestaram com muita vaia e barulho no plenário. O secretário deu apenas a garantia de continuação da reformulação do plano de cargos e salários dos trabalhadores em educação de Aparecida. Os vereadores também aproveitaram para reforçar o apoio a categoria. William Ludovico (PMDB) e Manoel Nascimento (PSDB), que foi o autor da propositura de criação da audiência cobraram a aplicação de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Dizer que não tem dinheiro é ledo engano, para onde estão indo os recursos, como por exemplo, porque não foram construídas a escola do Rosa dos Ventos e uma outra no Agenor Modesto, que já estava previsto?, cobrou William. Nascimento acrescentou que faltam ainda uniformes para os estudantes, que sempre receberam da Prefeitura. Não se sabe de fato para onde estão indo os recursos do Fundeb, porque nem as crianças tiveram mais acesso a uniformização, lamentou. Max Menezes (PR), Vilmar Mariano (PTN), professor Assis Brasil (PP) Helvecino Moura (PT) e Edilson Ferreira (PR), presentes na audiência também fizeram coro de apoio aos professores. Dois pontos também foram questionados pelos grevistas: a continuação dos trabalhos da Comissão Especial de Inquérito (CEI) criada para apurar os gastos da Secretaria de Educação e a aprovação do projeto que cria os cargos de agente educativo e agente de serviços diversos, que aguardam a aprovação para a continuação do concurso da Educação, somente a estes dois cargos. Segundo a mesa diretora da Câmara, o projeto voltou para a Prefeitura para a correção de alguns vícios formais e aguada retorno para aprovação. Ao final da audiência o presidente da Casa, João Antônio Borges (PSB), e Delson Viera fizeram vários encaminhamentos que visam buscar um fim pacifico para as negociações, um deles é formar uma comissão de três vereadores que vão acompanhar a direção do Sintego à Secretaria municipal da Fazenda e à Secretaria de Administração. A idéia é ter acesso as contas da Prefeitura para se certificar de que o aumento reivindicado pelos professores poderia comprometer de fato o tesouro municipal. João Antônio também sugeriu ao secretário que aceitasse a proposta de manter o piso de R$ 1.024,00 com a carga de 30 horas semanais. Domingos se comprometeu a estudar a solicitação. Enquanto isso, todos os vereadores garantiram só levar o projeto à votação quando professores e Prefeitura chegarem a um acordo que contemple a categoria. Até lá a greve continua nas escolas da rede pública municipal.