Câmara ouve versão da Guarda Municipal sobre episódio envolvendo a PM
Confusão ocorreu após a PM receber denuncia de que guardas municipais estariam armados
Durante a sessão ordinária desta terça-feira,9, a Câmara Municipal recebeu o comando da Guarda Municipal (GM), que procurou a Casa para relatar o episódio envolvendo a Polícia Militar na última sexta-feira,6. Segundo informações do comandante da Guarda e titular da Secretaria de Defesa Social de Aparecida, coronel Antônio Djalma Rios, policiais militares invadiram o quartel da corporação, localizado no Setor Garavelo para apurar denuncias de que os agentes da GM estavam portando arma de fogo, o que não é permitido em Aparecida. Durante a sessão os vereadores foram convidados a assistirem um vídeo do que ocorreu naquela sexta-feira. Pelas imagens foi possível perceber muito tumulto e os ânimos exaltados dos policiais e dos guardas. Prestei 30 anos de serviços a Polícia Militar e nem mesmo neste período tinha visto cenas tão lamentáveis. Foi difícil chegar Lá e ver portas quebradas e nossos homens com armas apontadas pelos policiais, relatou o coronel Djalma. O vereador Sargento Cachoeira (PT do B) saiu em defesa da GM. Agradeço a Deus e a Polícia Militar por eu ter chegado aonde cheguei, mas depois do que vi tenho vergonha de dizer que sou sargento da PM. Sou solidário a Guarda porque não se justifica o que ocorreu naquele dia, faltou respeito por parte dos policiais, aponta Cachoeira. William Ludovico (PMDB) defendeu um melhor diálogo entre as duas instituições afim de um entendimento pelo bem da população. O vereador Manoel Nascimento (PSDB) e Max Menezes (PR) também compartilharam a mesma opinião de que só a população é que perde com este impasse. Já Gustavo Mendanha (PMDB) defendeu a aguarda armada, mas depois de uma qualificação dos agentes. Eles precisam se defender porque estão expostos ao perigo a todo o momento, inclusive em bairros violentos no período da noite, destacou. O líder do prefeito na Casa, Ezizio Barbosa (PMDB), também pediu melhor apuração dos fatos, mas enalteceu o trabalho da PM. Precisamos ir a fundo sobre o que realmente aconteceu. Buscar e punir os culpados, mas não se pode colocar em jogo o nome de uma instituição tão séria que a Polícia Militar, ponderou. A mesa diretora recebeu uma carta onde a GM pede apoio da Câmara para abertura de inquérito que vai apurar os fatos. Abrimos esta Casa para debater o assunto, mas não queremos fomentar desentendimentos, muito pelo contrário nossa intenção é de que a Câmara se coloque como intermediadora para que haja paz entre as duas corporações, frisou o presidente, João Antônio Borges (PSB). O presidente deixou ainda claro que a outra parte – a Polícia Militar tem o mesmo espaço para contar a versão do que ocorreu.