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Segurança pública é debatida no Setor Garavelo

01/04/2016 00:00 569

Diante dos inúmeros casos de violência e dando continuidade ao programa “Câmara itinerante”, o legislativo aparecidense foi até o Setor Garavelo, no Colégio Estadual Maria Rosilda, para discutir sobre a falta de segurança pública, mais especificamente o projeto de lei que determina a instalação de circuito interno e externo de câmera de monitoramento em bares, comércios que venda bebidas alcoólicas, boates e similares.

Mentor do projeto, o promotor Milton Marcolino, da 5ª promotoria, responsável pelos crimes dolosos contra a vida, explicou que a sensação de insegurança e a possibilidade de redução drástica na impunidade o motivou a elaborar a proposta de lei.

A insegurança tomou conta da nossa sociedade. Hoje está mais fácil viver na faixa de Gaza do que em Aparecida. Assim, pensando na vida dos donos de estabelecimento comercial e da população criamos esse projeto. Sabemos que é alto o número de homicídios dentro de estabelecimentos que vendem bebidas e com a instalação do sistema câmeras, que abrangerá grande parte da cidade, facilitará a investigação e elucidação do crime. Com isso, criaremos um monitoramento dentro de aparecida, com a expectativa de reduzir em, no mínimo, 50% a impunidade”, garantiu.

A grande polêmica do projeto recai sobre os custos de instalação e manutenção do sistema. “Levantei o custo e ficaria em torno de R$1.500,00 reais. Sei que não é um valor baixo, mas quanto vale a vida de uma pessoa? Creio ser um sacrifício muito válido, além do benefício pecuniário, com a redução do número de assaltos”, esclareceu o promotor Milton Marcolino.

Ainda a respeito do valor a ser custeado pelos comerciantes, o presidente da Associação Goiana de Micro e Pequenas Empresas do município (AGPE), Lívio de Queiroz, sugeriu criar algum tipo de incentivo aos comerciantes. “O poder executivo poderia pensar em algum benefício ao comerciante que instalar o sistema, com intuito de reduzir os custos”, propôs.

A maioria dos comerciantes presentes afirmaram compreender e concordaram com a necessidade de medidas drásticas, diante dos altos índices de criminalidade. Entretanto, lamentaram que na maioria das vezes ônus acaba caindo sobre a população, que já arca com a alta carga tributária sem ter o devido retorno do governo.

Pelo lado dos vereadores, todos apoiaram o projeto, mas sem deixar de analisar a posição do empresário. “A violência como está causa indignação, mas não podemos deixar de pensar no empresário, que já paga alta carga de impostos. Penso que a compensação por mais esse gasto poderia ser alcançada com a redução do número de furtos e roubos”, afirmou o vereador Gleison Flávio (PMDB).

Sobre a redução dos assaltos, o vereador Jadson Corcelli (PROS), que já foi comerciante, afirmou que os pequenos furtos é o principal obstáculo do comerciante. “Com certeza, essas câmeras de monitoramento inibirá o assaltante”, garantiu Jadson.

Se aprovada a proposta de lei, os comerciantes e empresários teriam 90 dias para instalarem o sistema de monitoramento. Sendo que o descumprimento da lei acarretará, gradativamente, em advertência, multa, suspensão e, por fim, cassação do alvará de funcionamento do estabelecimento.

Dando voz ao povo

O presidente da Câmara de Aparecida, Gustavo Mendanha (PMDB), voltou a enaltecer a importância das sessões itinerantes, especialmente quando se trata de um tema de tamanha relevância, como a segurança pública. “Só com aproximação entre o povo e o legislativo que encontraremos soluções para, assim, apresentá-las ao poder executivo. Temos que dar voz àqueles que não têm oportunidade de acompanhar as sessões regulares. E nada mais justo do que trazê-los para debater o problema que mais assombra a nossa população, a falta de segurança pública”, destacou o presidente.

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