Na manhã desta terça-feira, 5, a Câmara Municipal de Aparecida realizou audiência pública, que contou com a presença da secretária municipal de saúde, Vânia Cristina Rodrigues, e sua equipe, para prestação de contas da pasta em relação ao segundo e terceiro quadrimestre de 2015.
Um dos principais objetivos da secretária na apresentação foi demonstrar e avaliar as metas fiscais dos meses de maio a dezembro. Segundo dados da secretaria, a receita de 2015 foi de mais de R$ 264.000.000,00 milhões, sendo que mais da metade desse valor veio do governo federal, cerca de R$ 161.000.000,00 milhões.
Sobre as obras em desenvolvimento para saúde pública, Vânia falou da expectativa de reinauguração da maternidade Marlene Teixeira e da situação das novas unidades de saúde.
“Minha expectativa é que, finalmente, inauguraremos a maternidade até o mês de julho desse ano. Já sobre as obras finalizadas no ano passado, destaque para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Buriti Sereno, à unidade básica de saúde (UBS) do Jardim boa esperança e ao Ambulatório Multiprofissional (AMAG), que terá estrutura para receber cerca de 1200 pacientes, para atendimento de fisioterapia, terapia ocupacional, acupuntura, psicopedagogia, e fisioterapia neurológica e ortopédica”, esclareceu.
Com essa nova unidade básica de saúde, a cidade conta, atualmente, com 38 UBS, sendo que 23 são próprias e 15 são alugadas, mas que, progressivamente, serão substituídas por unidades em construção no município.
Entretanto, a secretária lembrou que hoje o grande gargalo da saúde pública é a fila de espera por especialidades.
“Posso afirma que nosso grande problema atualmente são as filas de espera por especialidade, como a urologia, as pequenas cirurgias e a cardiologia, que são as de maior demanda, com 3969, 2781 e 2307 pedidos, respectivamente. Contudo, a oferta tem melhorado, tanto que o número de procedimentos aumentou, mas ainda não chegamos ao ideal”, lamentou Vânia.
Encerrada a apresentação, todos os vereadores presentes elogiaram o trabalho desempenhado pela secretária, mas sem deixar de questionar alguns pontos problemáticos da saúde publica em Aparecida.
Dificuldades para conseguir marcar exames de raio-x e a falta de médicos reumatologistas, foram questões levantadas pelos vereadores Rosildo (PP) e Vandinho (DEM), respectivamente.
O que foi respondido pela secretária, que reconheceu as dificuldades, mas explicou que o contrato com a empresa que disponibilizava os exames venceu e, ao invés de fazer uma nova licitação, optou-se por adquirir os equipamentos, o que isso atrapalhou um pouco a realização dos exames.
Sobre a disponibilização de mais médicos reumatologistas, Vânia comentou que é grande a dificuldade em encontrar profissional dessa especialidade que tenha interesse em trabalhar no serviço público, não só em Aparecida, mas em todo o Estado de Goiás.
Antes do final de audiência, a vereadora delegada Dra. Cybelle Tristão (PSDB) questionou sobre a regulamentação da optometria em Aparecida, diante do alto número de espera para cirurgias oftalmológicas, e sobre ações em prol da saúde da mulher, principalmente, sobre o cumprimento da lei que determina a notificação compulsória, por parte das unidades de saúde, aos órgãos de segurança, quando recebe alguma mulher vitima de violência doméstica.
“Nós da secretaria da saúde não podemos fazer nada enquanto não existir uma lei que regulamente a optometria, assim, não temos como fazer uso desse serviço, com intuito de desafogar a lista para procedimento oftalmológico. Sobre a questão da mulher, temos, sim, o serviço implantado, com contato com a delegacia da mulher, para onde são encaminhadas todas as notificações. Talvez, o que está faltando é a transmissão, divulgação dessas informações”, explicou a secretária de saúde.
Gripe H1N1
Em relação às campanhas de vacinação, chamou atenção o fato de que em 2015, segundo dados estimados, todas as crianças de Aparecida foram vacinadas contra a influenza H1N1. E a campanha desse ano já tem data marcada para começar, 30 de abril.
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