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Audiência pública debate déficit de creches e Cmeis

29/03/2016 00:00 387

Atendendo a um requerimento de autoria da vereadora delegada Dra. Cybelle Tristão (PSDB), a Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia promoveu, em parceria com a Federação de Mulheres de Goiás, audiência pública, na manhã desta segunda-feira, 28, para debater sobre o déficit de creches e de centros de educação infantil (Cmeis) no município e sua implicação na participação feminina no mercado de trabalho.

Cybelle abriu o evento explicando a intrínseca relação entre o número de vagas em creches e escolas públicas e a inserção e permanência da mulher no mercado de trabalho. “Aumentar o número de Cmeis e creches está diretamente ligado à política voltada à mulher. Na maioria dos casos, são as elas que abandonam seus empregos pra ficarem com os filhos, pois estes não conseguem vagas em escolas infantis. Esse fato torna inacessível a busca por igualdade entre homens e mulheres”, explicou a vereadora para, em seguida, cobrar o cumprimento de um direito básico de toda criança: educação.

“Ter vagas em escola infantil é um direito de todas as crianças e dever do município, de acordo com a lei de diretrizes e bases da educação nacional e a própria constituição federal. Porém, hoje em Aparecida existem mais de oito mil crianças na lista de espera por vagas em Cmeis. Diante desse cenário, temos que cobrar junto ao poder executivo a conclusão das várias obras de novos Cmei’s que estão inacabadas”, propôs Cybelle Tristão.

Sobre a conclusão das obras, a conselheira tutelar Maria Luiza Brandão lembrou que foi prometida a inauguração de nove novos Cmeis até o meio do ano. Mas, apesar disso, ela crê que não resolverá o problema.

“Disseram que até junho teremos mais nove Cmeis em funcionamento, com capacidade para receber 120 crianças cada um deles. Infelizmente, ainda estará longe do necessário”, lamentou Maria Luiza.

Como alternativa provisória à falta de vagas, a presidente da Federação de Mulheres de Goiás, Jucilene Barros propôs a estabelecimento de convênios entre a prefeitura e outras creches. “Como não é possível resolver da noite para o dia a questão da insuficiência de vagas, a prefeitura poderia pensar na possibilidade de uma medida paliativa, por meio de convênios”, sugeriu Jucilene.

O presidente da Câmara, Gustavo Mendanha (PMDB), afirmou que, apesar do atual governo procurar soluções pro problema, o déficit histórico que Aparecida sofreu torna difícil a resolução imediata da questão.

“Houve um aumento significativo no número de creches, de reformas de escolas, de investimentos, porém, ainda assim, não foi o suficiente pra abranger todas as crianças aparecidenses. Nossa cidade sofreu com vários anos de inércia, culminando nesse cenário atual, de extrema dificuldade. Todavia, acredito que estamos no caminho certo para fazer valer o direito de toda crianças de ter acesso ao ensino infantil”, destacou o presidente.

Gustavo ainda destacou que, durante as sessões legislativas, os vereadores estão sempre preocupados com a situação da educação no município. Concordando com presidente, a vereadora Cybelle lembrou que mais de uma vez os vereadores requereram o comparecimento do secretário de Educação, Domingos Pereira, à câmara municipal para esclarecer a situação do sistema educacional de Aparecida.

De forma democrática, todos os presentes tiveram a oportunidade de expressar seus anseios com relação à educação. A grande maioria, mães, líderes de bairros, representantes de classe, dentre outros, valorizaram a iniciativa da audiência pública, contudo demonstraram indignação com atual secretário de educação.

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